quinta-feira, 8 de junho de 2017

PLANO ZERO

Sempre tenho dito em rodas de amigos que Canindé realmente não encontrará seu caminho porque muitos eleitores não conseguem perceber nas falácias dos candidatos a prefeito durante o período de propaganda eleitoral, as inconsistências em seus projetos de governo, as desconexões e a descontinuidade destes, que, diga-se de passagem, nunca saem do papel.

Como dito, seus projetos, são seus. Para sua gestão e não seguido pelo seu sucessor. Quanto a isso diz José Bernardo Ortiz Monteiro Junior, Prefeito de Taubaté, no livro A Luta pela qualidade na Administração Pública, (2014, pag 59). “O prefeito é uma gestor público que fica durante um período relativo de tempo – quatro anos e, eventualmente, outros quatro anos se for reeleito – depois do qual ele cede o seu lugar para uma nova administração, muito provavelmente com um planejamento estratégico diferente, com um conceito e concepção de governo diferentes, mas quando já EXISTIR UM ACERVO PRONTO, ISSO NORMALMENTE É MANTIDO”.

 Vejamos um caso tão próximo a nós.

Canindé é conhecida como a segunda maior romaria alusiva a São Francisco, perdendo somente para a cidade de Assis, na Itália, berço natal do Padroeiro.
Somos uma população urbana de 46.878 habitantes (fonte: IBGE, 2016), com uma flutuante entre os meses de setembro de um ano a 03 de fevereiro do ano seguinte, chegando em 02 milhões de visitantes, (fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Canind%C3%A9_(Cear%C3%A1). E estes visitantes gastam em média R$ 26,00 (vinte e seis reais), o que faz um montante de R$ 52.000.000,00 (cinquenta e dois milhões).

Mas pasmem!

Apesar de todo este nosso potencial, não somos citados em nenhum dos sites especializados em turismo religioso, em revistas e jornais do gênero.

O principal motivo em minha opinião: FALTA DE PLANEJAMENTO. E por falta deste planejamento em 2015 ficamos fora do plano “Ceará Receptivo”. Este ano como nos encontramos?

Como citei acima, os planos, projetos dos gestores são seus e não do município e para o município.
E a meu ver só há como este panorama mudar se criarmos um plano Diretor para este caso onde estejam envolvidos todos os setores da sociedade, criando um conselho e uma câmara técnica para acompanhar a aplicação e seus necessários ajustes, conforme as necessidades apareçam.


Lembrando que o envolvimento, mesmo com a presença de políticos, o que se faz necessário, as ações devam ser apartidária.