Sempre tenho dito em rodas de amigos que Canindé realmente
não encontrará seu caminho porque muitos eleitores não conseguem perceber nas
falácias dos candidatos a prefeito durante o período de propaganda eleitoral,
as inconsistências em seus projetos de governo, as desconexões e a
descontinuidade destes, que, diga-se de passagem, nunca saem do papel.
Como dito, seus projetos, são seus. Para sua gestão e não
seguido pelo seu sucessor. Quanto a isso diz José Bernardo Ortiz Monteiro
Junior, Prefeito de Taubaté, no livro A Luta pela qualidade na Administração
Pública, (2014, pag 59). “O prefeito é uma gestor público que fica durante um
período relativo de tempo – quatro anos e, eventualmente, outros quatro anos se
for reeleito – depois do qual ele cede o seu lugar para uma nova administração,
muito provavelmente com um planejamento estratégico diferente, com um conceito
e concepção de governo diferentes, mas quando já EXISTIR UM ACERVO PRONTO, ISSO
NORMALMENTE É MANTIDO”.
Vejamos um caso tão
próximo a nós.
Canindé é conhecida como a segunda maior romaria alusiva a
São Francisco, perdendo somente para a cidade de Assis, na Itália, berço natal
do Padroeiro.
Somos uma população urbana de 46.878 habitantes (fonte:
IBGE, 2016), com uma flutuante entre os meses de setembro de um ano a 03 de
fevereiro do ano seguinte, chegando em 02 milhões de visitantes, (fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Canind%C3%A9_(Cear%C3%A1).
E estes visitantes gastam em média R$ 26,00 (vinte e seis reais), o que faz um
montante de R$ 52.000.000,00 (cinquenta e dois milhões).
Mas pasmem!
Apesar de todo este nosso potencial, não somos citados em
nenhum dos sites especializados em turismo religioso, em revistas e jornais do gênero.
O principal motivo em minha opinião: FALTA DE PLANEJAMENTO.
E por falta deste planejamento em 2015 ficamos fora do plano “Ceará Receptivo”.
Este ano como nos encontramos?
Como citei acima, os planos, projetos dos gestores são seus
e não do município e para o município.
E a meu ver só há como este panorama mudar se criarmos um
plano Diretor para este caso onde estejam envolvidos todos os setores da
sociedade, criando um conselho e uma câmara técnica para acompanhar a aplicação
e seus necessários ajustes, conforme as necessidades apareçam.
Lembrando que o envolvimento, mesmo com a presença de
políticos, o que se faz necessário, as ações devam ser apartidária.