Não se pode aceitar em
uma sala de aula uma professora, que, levada por um desequilíbrio emocional,
dirija-se aos seus alunos como “diabos”. Até porque estes alunos são de séries
iniciais, com uma formação ainda imatura no que se diz respeito à sua formação
psicológica e seu caráter.
A esta professora
deveria ser oferecida uma ajuda psicológica, assim como a muitas outras da rede pública de ensino, pois suas cargas
horárias, suas condições de trabalho, ou a sua falta, as impendem de exercerem
com zelo esta brilhante profissão.
É público e notório que
salas de aula com mais de 25 alunos são improdutivas. Que professoras sem uma
auxiliar não conseguem transmitir e ao mesmo tempo acompanhar o desenvolvimento
dos alunos.
Na mesma mão perigosa
está o precário acompanhamento das Coordenações Pedagógicas, pois estes como
falei anteriormente aqui no Facebook, não estão adequadamente preparadas para
dar este suporte, pois ao invés de serem contratadas por suas qualidades em
desenvolverem projetos pedagógicos adequados à realidade da escola onde estão
inseridas, o são por indicação de pessoas que não têm qualificação, ou que não
têm conhecimento sobre a área educacional, ou mesmo compromisso sério sobre a
Educação.
Os problemas que hoje
afetam as professoras não são somente de cunho financeiro, - seus salários
defasados-, mas de qualificação profissional, pois o Governo Federal
disponibiliza condições através de projetos próprios para a qualificação destes
mestres, mas segundo o próprio MEC há uma baixa adesão delas ao sistema, 23%.
Se não há o interesse
de se aderir aos projetos, como então podemos termos qualidade no ensino
público? A falta de boas ferramentas como estas, que visam dar qualidade e
elevar o nosso baixíssimo índice no IDEB, prejudica e muito a luta da categoria
para possíveis negociações de seus salários.
Então podemos concluir
que para a melhoria dos índices da educação brasileira, deverá haver mais
comprometimento de todos.