terça-feira, 10 de abril de 2012


Não se pode aceitar em uma sala de aula uma professora, que, levada por um desequilíbrio emocional, dirija-se aos seus alunos como “diabos”. Até porque estes alunos são de séries iniciais, com uma formação ainda imatura no que se diz respeito à sua formação psicológica e seu caráter.
A esta professora deveria ser oferecida uma ajuda psicológica, assim como a muitas outras  da rede pública de ensino, pois suas cargas horárias, suas condições de trabalho, ou a sua falta, as impendem de exercerem com zelo esta brilhante profissão.
É público e notório que salas de aula com mais de 25 alunos são improdutivas. Que professoras sem uma auxiliar não conseguem transmitir e ao mesmo tempo acompanhar o desenvolvimento dos alunos.
Na mesma mão perigosa está o precário acompanhamento das Coordenações Pedagógicas, pois estes como falei anteriormente aqui no Facebook, não estão adequadamente preparadas para dar este suporte, pois ao invés de serem contratadas por suas qualidades em desenvolverem projetos pedagógicos adequados à realidade da escola onde estão inseridas, o são por indicação de pessoas que não têm qualificação, ou que não têm conhecimento sobre a área educacional, ou mesmo compromisso sério sobre a Educação.
Os problemas que hoje afetam as professoras não são somente de cunho financeiro, - seus salários defasados-, mas de qualificação profissional, pois o Governo Federal disponibiliza condições através de projetos próprios para a qualificação destes mestres, mas segundo o próprio MEC há uma baixa adesão delas ao sistema, 23%.
Se não há o interesse de se aderir aos projetos, como então podemos termos qualidade no ensino público? A falta de boas ferramentas como estas, que visam dar qualidade e elevar o nosso baixíssimo índice no IDEB, prejudica e muito a luta da categoria para possíveis negociações de seus salários.
Então podemos concluir que para a melhoria dos índices da educação brasileira, deverá haver mais comprometimento de todos.


Temos que rever a política do controle de natalidade aqui no Brasil.
Há algumas semanas atrás me deparei com uma jovem, pedinte, que fica nas redondezas da Basílica de São Francisco.
Com 17 anos, grávida do terceiro filho, usuária de drogas continuava pedindo esmolas, quando a abordei. Por trabalhar nos finais de semanas naquela  área, e por ter adquirido a confiança dela, começamos a conversar sobre o seu caso.
Desde então comecei a refletir se já não era hora de revermos a política de controle da natalidade para estes casos.
Sei que é um tema complexo, pois envolvem mitos, religiosidade, estrutura familiar, educação, entre outros.
Mas meus amigos pensem como ficarão estas crianças geradas sem serem planejadas. Qual o futuro delas? A mãe uma pessoa que com certeza já vem de uma família desestruturada, que tem filhos que poderão mais à frente conceber outra família desestruturada, tornando-se um círculo vicioso.
Creio que nestes casos o governo deverá se esforçar mais e colocar em pauta a discussão sobre o controle da natalidade para famílias de risco. Assim como também deveria colocar uma junta de profissionais da área de saúde, educação, assistência social, saneamento básico, segurança, para que façam um levantamento, dentro de sua especialidade, dos problemas que poderão ser evitados se uma lei fosse criada para este fim.
Sei que teremos uma discussão calorosa com as Igrejas, pois, indiferente de suas doutrinas, são contra qualquer tipo de controle da natalidade.
Mas meus amigos se tratarmos de maneira diferente o pior acontecerá: pessoas sem uma boa educação e conseqüentemente, sem estrutura para enfrentar o mundo. Além do que, este ser que fora colocado no mundo sem um planejamento, estará fadado a estar à margem da sociedade, pois queiramos ou não, estamos vivendo uma sociedade excludente. Também porque este ser que não pediu para vir ao mundo, se não bem educado, se não bem alimentado, se não bem socializado, poderá ser um marginal como citei anteriormente e custar aos cofres públicos, portanto nosso dinheiro, cerca de R$ 2.000,00 que é o quanto gastamos por cada preso por mês.
Quando coloco as Igrejas como pilar fundamental para esta discussão é porque caso não entrem neste debate, poderão sofrer duras conseqüências, pois indivíduo sem fé, homem sem Igreja.
Pensem nisto!!!
Gilson Ribeiro

A vereança daria uma grande contribuição à sociedade quando, juntamente com o Executivo, desenvolvessem um projeto de  lei onde os cargos/funções de Coordenadores Pedagógicos, fossem por mérito e não indicativos.
Usando-se do expediente de indicação, por muitas vezes coloca-se pessoas totalmente despreparadas para exercer a função, que é desenvolver junto com os Diretores de Escolas, professores e pais de alunos, um projeto político-pedagógico que vise não tão-somente ao aprendizado de matérias, mas ao desenvolvimento da criança para interagir junto à sua comunidade, assim minimizando os problemas que ora sofrem.
A lei deverá instruir ao Secretário de Educação do Município, que no mês de dezembro, todos que queiram se candidatar ao cargo de Coordenador Pedagógico para o ano letivo seguinte, deverão apresentar um projeto para aquela escola, ou pólo que almejam integrar-se.
O  projeto deverá ser avaliado por uma junta de PROFISSIONAIS da área educacional, dando preferências àqueles que têm especialidades, Mestrados ou Doutorados. Neste projeto deve conter o atual Ideb da escola a qual se pretende coordenar, sua proposta para melhorar este índice; como será desenvolvida ações para que se traga os pais para dentro do convívio estudantil; como fazer do aluno um multiplicador dos saberes adquiridos, etc.
Trabalhando a EDUCAÇÃO desta forma, daremos um grande passo para o desenvolvimento do município.


Gilson Ribeiro