terça-feira, 10 de abril de 2012


Temos que rever a política do controle de natalidade aqui no Brasil.
Há algumas semanas atrás me deparei com uma jovem, pedinte, que fica nas redondezas da Basílica de São Francisco.
Com 17 anos, grávida do terceiro filho, usuária de drogas continuava pedindo esmolas, quando a abordei. Por trabalhar nos finais de semanas naquela  área, e por ter adquirido a confiança dela, começamos a conversar sobre o seu caso.
Desde então comecei a refletir se já não era hora de revermos a política de controle da natalidade para estes casos.
Sei que é um tema complexo, pois envolvem mitos, religiosidade, estrutura familiar, educação, entre outros.
Mas meus amigos pensem como ficarão estas crianças geradas sem serem planejadas. Qual o futuro delas? A mãe uma pessoa que com certeza já vem de uma família desestruturada, que tem filhos que poderão mais à frente conceber outra família desestruturada, tornando-se um círculo vicioso.
Creio que nestes casos o governo deverá se esforçar mais e colocar em pauta a discussão sobre o controle da natalidade para famílias de risco. Assim como também deveria colocar uma junta de profissionais da área de saúde, educação, assistência social, saneamento básico, segurança, para que façam um levantamento, dentro de sua especialidade, dos problemas que poderão ser evitados se uma lei fosse criada para este fim.
Sei que teremos uma discussão calorosa com as Igrejas, pois, indiferente de suas doutrinas, são contra qualquer tipo de controle da natalidade.
Mas meus amigos se tratarmos de maneira diferente o pior acontecerá: pessoas sem uma boa educação e conseqüentemente, sem estrutura para enfrentar o mundo. Além do que, este ser que fora colocado no mundo sem um planejamento, estará fadado a estar à margem da sociedade, pois queiramos ou não, estamos vivendo uma sociedade excludente. Também porque este ser que não pediu para vir ao mundo, se não bem educado, se não bem alimentado, se não bem socializado, poderá ser um marginal como citei anteriormente e custar aos cofres públicos, portanto nosso dinheiro, cerca de R$ 2.000,00 que é o quanto gastamos por cada preso por mês.
Quando coloco as Igrejas como pilar fundamental para esta discussão é porque caso não entrem neste debate, poderão sofrer duras conseqüências, pois indivíduo sem fé, homem sem Igreja.
Pensem nisto!!!
Gilson Ribeiro

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