Temos
que rever a política do controle de natalidade aqui no Brasil.
Há
algumas semanas atrás me deparei com uma jovem, pedinte, que fica nas
redondezas da Basílica de São Francisco.
Com
17 anos, grávida do terceiro filho, usuária de drogas continuava pedindo
esmolas, quando a abordei. Por trabalhar nos finais de semanas naquela área, e por ter adquirido a confiança dela,
começamos a conversar sobre o seu caso.
Desde
então comecei a refletir se já não era hora de revermos a política de controle
da natalidade para estes casos.
Sei
que é um tema complexo, pois envolvem mitos, religiosidade, estrutura familiar,
educação, entre outros.
Mas
meus amigos pensem como ficarão estas crianças geradas sem serem planejadas.
Qual o futuro delas? A mãe uma pessoa que com certeza já vem de uma família
desestruturada, que tem filhos que poderão mais à frente conceber outra família
desestruturada, tornando-se um círculo vicioso.
Creio
que nestes casos o governo deverá se esforçar mais e colocar em pauta a
discussão sobre o controle da natalidade para famílias de risco. Assim como
também deveria colocar uma junta de profissionais da área de saúde, educação,
assistência social, saneamento básico, segurança, para que façam um
levantamento, dentro de sua especialidade, dos problemas que poderão ser
evitados se uma lei fosse criada para este fim.
Sei
que teremos uma discussão calorosa com as Igrejas, pois, indiferente de suas
doutrinas, são contra qualquer tipo de controle da natalidade.
Mas
meus amigos se tratarmos de maneira diferente o pior acontecerá: pessoas sem
uma boa educação e conseqüentemente, sem estrutura para enfrentar o mundo. Além
do que, este ser que fora colocado no mundo sem um planejamento, estará fadado
a estar à margem da sociedade, pois queiramos ou não, estamos vivendo uma
sociedade excludente. Também porque este ser que não pediu para vir ao mundo,
se não bem educado, se não bem alimentado, se não bem socializado, poderá ser
um marginal como citei anteriormente e custar aos cofres públicos, portanto
nosso dinheiro, cerca de R$ 2.000,00 que é o quanto gastamos por cada preso por
mês.
Quando
coloco as Igrejas como pilar fundamental para esta discussão é porque caso não
entrem neste debate, poderão sofrer duras conseqüências, pois indivíduo sem fé,
homem sem Igreja.
Pensem
nisto!!!
Gilson Ribeiro
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