O Governo Federal alegando a
necessidade de um Superávit Primário de R$ 69,9 BILHÕES começou a realizar
cortes no Orçamento para 2015, no intuito de alcançar esta meta. Para isso fez
cortes em vários setores dos quais os mais afetados foram Ministérios das
Cidades R$ 17,23 BILHÕES; Ministério da Saúde R$ 11,77 BILHÕES e Ministério da
Educação R$ 9,42 BILHÕES.
Não há necessidade de termos
formação acadêmica em Economia para chegarmos a algumas conclusões.
Conhecendo as duas últimas pastas
e sabedor da importância de ambas para o desenvolvimento de uma nação, consigo
tecer comentário de um futuro ainda pior para estas.
Quando se tentar realizar um
superávit primário alegando ser necessários corte nos gastos em investimento
das duas áreas, não se está pensando no futuro e sim no agora. Este agora
satisfará somente ao governo, mas deixará para os próximos uma herança maldita.
Vejamos:
Quando se diminui as verbas na
Saúde, automaticamente estou reduzindo aplicação financeira na Atenção Básica.
E sendo esta (ou deveria ser) a base de uma boa saúde, o controle sanitário de
algumas doenças não poderá ser realizado com eficácia o que demandará em não
cumprimento das metas estipuladas pelo próprio Ministério da Saúde. É fato que
as metas da vacinação contra sarampo, na grande maioria dos municípios do Ceará
não atingiu 60%;
Quando não se investe recursos
suficientes na criação de uma rede de saneamento básico nos municípios, a
proliferação de doenças de simples controle passará a não ser mais, e como conseqüência,
teremos um grande número de usuários do SUS procurando estas Unidades Básicas. Como
esta falha em seu atendimento, estes usuários dirigem-se a outros
estabelecimentos como UPAs e Hospitais de Urgência e Emergência, que não estão
preparados para atender toda esta demanda.
Quanto à redução na Educação esta
é a que mais terá conseqüência desastrosa num futuro próximo.
Ao não criarmos boas creches,
boas escolas e boas Universidades; ao não darmos boa formação aos professores,
a nação perderá anos de conquistas contra o analfabetismo, o analfabetismo
funcional, e, principalmente à formação de bons profissionais.
Ainda há defensores desta
política econômica do atual governo. No entanto, estes medem como falei
anteriormente, as conseqüências do hoje e não de gerações futuras.
Demos um grande salto na Educação
e na Saúde, mas esta atitude do governo nos fará regredir aos patamares da
década de 80 e noventa.
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